quarta-feira, 25 de abril de 2007

Aos meus amigos

Ainda não vai ser desta que vou escrever um Post decente e sem lameixices... bolas, caraças e o tanas não me largam a porta e sempre que me sento aqui, pimbas lá vai mais uma melziçe (palavra oriunda do mel e inventada agora mesmo por mim)!


Hoje não vou falar de amor, do sol, da lua e dos poemas... quer dizer até vou falar de poemas... Mas um poema muito especial... um poema aos amigos, aos verdadeiros amigos... um poema para aqueles que também amamos e que depois de ler me dirão se realmente toca ou não o coração... sei que vão dizer... "ai tão giro, lá tá ela no seu melhor..." mas não me importo... é mais uma forma de expressão a alegria que me invade a alma, quando de manha acordo e sei que me acompanham nesta vida... amigos, muitos amigos, bons amigos...

Para todos os amigos, fica este belo texto de Vinícius de Moraes:
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor. Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários. De como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, trêmulamente construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos! A gente não faz amigos, reconhece-os.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sim de facto ás vezes não é preciso estar com os amigos basta pensar neles. Existem amizades que são como uma presença embora ausente, não precisamos de telefonar todos os dias aos amigos, ve-los todos os dias basta lembrarmo-nos dessa amizade...ainda que por escassos minutos nos lembremos de um ou outro espisódio engraçado que nos tenha feito rir, por exemplo.
Eu costumo dizer que a amizade não se agradece. Agradeço antes a lealdade entre dois amigos.

Beijão p ti, p a Nela e para os teus pais.

Definitivamnete: Não poderia ter escolhido melhor familia e Padrinhos p o meu filho.BEM HAJAM!

PANCADAS